quarta-feira, 1 de julho de 2009

A Vida Essencial

Atualmente percebemos a vida passar muito rapidamente e sentimos um certo vazio ou frustração por realizações não concretizadas.

Começa o ano e logo é carnaval, mal parou a folia e já chega o inverno e, de repente quando se pisca os olhos, é Natal e então dizemos “Nossa! O tempo voou”. É sempre assim, só nos damos conta do tempo que perdemos quando não há mais tempo.

Quantas pessoas no início do ano escrevem suas metas e objetivos, fazem aquela listinha básica de desejos de consumos e coisas a melhorar? Tudo é muito particular e varia desde a dieta para perder os 5 quilos a mais adquiridos nas festas, até o projeto de comprar a tão sonhada casa própria.

No entanto, quando param por um momento, percebem que o ano já acabou e não fizeram quase nada do que gostariam de fazer. Todos aqueles projetos, metas e sonhos adiados mais uma vez para quem sabe concluir no ano que vem. Essa é uma situação muito comum, mas por que isso acontece?

Isso ocorre porque perdemos o sentido essencial da vida: a morte. A morte pode ser difícil de aceitar e ainda gerar muito medo, mas isso é normal devido aos temores que cultivamos quanto ao desconhecido, porém, ela é a única certeza que temos na vida. Tudo se baseia num ciclo onde a morte é certa e inevitável.

Todos sabemos que vamos morrer um dia e, no entanto, preferimos acreditar que vamos viver para sempre. Passamos a vida toda desperdiçando o que temos de mais precioso, nosso tempo.

Vivenciamos tudo sem a menor preocupação ou comprometimento com nós mesmos. Esquecemos que a felicidade depende de nossas escolhas, da maneira como vivemos. Somos nós que definimos como vamos utilizar nosso tempo e ainda assim, mesmo sabendo que ele é finito, teimamos em desperdiçá-lo andando em círculos, como se estivéssemos ligados no automático, permanecemos adormecidos, apenas seguindo o fluxo, comprando sorvete quando precisamos de alimento, incapazes de perceber a realidade.

Para corrigir esses desvios e reencontrarmos o caminho, é preciso aprender a morrer. Deixando todos os falsos valores para trás, concentrando no que é essencial, no que precisamos e não no que queremos, nas coisas e pessoas que realmente são importantes para nós, conseguimos renascer conscientes de que o envelhecimento é o caminho da sabedoria.

Possuímos uma visão equivocada da vida. Aproveitaríamos muito mais se vivêssemos como quem está “a passeio”, isso não significa sair por aí agindo de maneira irresponsável sem pensar nas conseqüências, nem quer dizer que não devemos pensar no futuro, fazer planos e coisas assim, significa apenas, que devemos aproveitar plenamente cada momento, valorizando as coisas simples da vida, nossas emoções e as pessoas ao nosso redor.

O segredo é encarar a vida como se fossemos apenas “turistas”. Os turistas não perdem tempo, visitam os lugares mais magníficos, desfrutam da natureza, experimentam pratos diferentes, respeitam o ambiente pois sabem que não os pertence e que logo voltarão para casa, sempre aproveitam o máximo de sua viagem e partem sorrindo.

A vida é uma viagem na qual você escolhe as rotas, leva na mala apenas o essencial e procura pela companhia ideal para compartilhar cada momento.

"Pé na estrada... Sonho na alma... Fé no coração... E esperança na mochila!”.

Uma Boa viagem para você.

Para refletir:

“O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".

"O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam. Mas, para os que amam, o tempo é eternidade".(Shakespeare)

Namastê!

Priscila "Chandra"

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